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O Grupo Escolar da Escola Estadual Tenente Coronel José Correia, foi criado pelo decreto n° 254 em 11 de agosto de 1911 e inaugurado em 07 de setembro do mesmo ano, começando a funcionar em 01 de fevereiro de 1912, com a matrícula de 90 alunos, sob a direção do professor Luiz Correia Soares de Araújo e das professoras Maria Carolina Wanderley Caldas (D.Sinhazinha) e Clara Carlota de Sá Leitão. Abnegados e com um propósito de priorizar uma educação de qualidade para formar cidadãos capazes de atuar na sociedade com dignidade, a escola celebrará, em 07 de setembro de 2011, 100 anos de contribuição na educação do município de Assú/RN.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


 
Estado do Rio Grande do Norte
Secretaria de Educação Cultura e Desportos
Escola Estadual Ten. Cel. José Correia
Rua Cel. Wanderley nº 1030 – Assu/RN
Decreto de Criação nº 10.226/88
Portaria de Autorização nº 375/76
Descrição: Logomarca JC 2011 Novo.jpg 

         Através da Lei Complementar 290, de 16 de fevereiro de 2005, que regula a democratização da gestão escolar no âmbito educacional de ensino; foi sancionada pela então governadora do Estado do Rio Grande do Norte, a Sra. Vilma de Faria. Acontecida no dia 30 de dezembro de 2009, as eleições nesta escola por motivo de cancelamento da 1ª eleição; por sua vez escolhido pelo voto direto com a participação de um colegiado, composto de funcionários, professores, pais e alunos. Sendo eleita a CHAPA 02, formada por: Lurdimar Vitor de Amorim (Diretora); Celly Martins de Medeiros Rodrigues (Vice-Diretora); Genilda Rodrigues da Costa Silva (Coordenadora Pedagógica) e Rosineide Justo da Fé de Oliveira (Coordenadora Administrativa Financeira).
         Formando assim, a Equipe Gestora que direcionará os caminhos norteados de uma educação inclusiva, participativa e democrática, tomando posse no dia 28 de dezembro de 2009, com o mandato até 2011.
         A Escola Estadual Ten. Cel. José Correia funciona atualmente com o Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, com a matrícula inicial de 686 alunos, distribuídos nos turnos matutino (226 alunos), vespertino (316 alunos) e o noturno (144 alunos), sob a coordenação dos supervisores  Francisca das Chagas Alves Félix ( turno matutino), Núbia Fernandes Vieira (turno vespertino) e Maria  de Fátima Mafra (turno noturno).

A REFORMA DE INSTRUÇÃO
“Os Grupos Escolares”

- Jornal A República, 09/09/1911-

            Grupo escolar “Tenente Coronel José Correia” - No dia 7 do corrente mês, o inspetor do ensino Amphilóquio Câmara, por delegação do diretor geral da Instrução Pública, inaugurou o Grupo Escolar “Tenente Coronel José Correia”, criado na cidade de Açu por ato do Governo do Estado e empossou os respectivos professores Luiz Correia Soares de Araújo e D. Clara Carlota de Sá Leitão e Maria Carolina Caldas Wanderley.
         A sessão inaugural foi assistida pelo coronel Antônio Sabóia de Sá Leitão, presidente da Intendência e representante do Exmo. Governador do Estado, Dr. José Correia de Araújo Furtado, juiz de direito desta capital, coronel Antônio Soares de Macedo, representante do coronel Pedro Soares de Araújo, vice-presidente do Congresso do Estado e inspetor do tesouro, capitão Ezequiel Epaminondas da Fonseca, delegado escolar, professor Luiz Correia Soares  de Araújo, Maria Carolina Wanderley e Clara Carlota de Sá Leitão, diretor e professor do grupo escolar, Palmério Filho, representante da   República e do coronel Lins Caldas, Otávio Amorim, representante da cidade, representante das empresas, da  Justiça Federal e Estadual, distintas famílias e cavalheiros.
         O professor Amphilóquio Câmara, ao abrir a sessão, proferiu uma longa pedagógica, enaltecendo a reforma da instrução pública que tem no Dr. Alberto Maranhão uma legítima garantia de seu benéfico resultado, mostrando os erros e prejuízos existentes no sistema de ensino de outrora e os meios de evitá-los, passando em seguida a dissertar sobre as três espécies de educação, física, moral e intelectual e explicando como devia ser ministrado o ensino moderno nos novos grupos escolares.
         Em seguida, deu a palavra ao Cel. Antônio Saboya para, como representante especial de Exmo. Governador do Estado, declarar inaugurando o Grupo escolar “Tenente Coronel José Correia”, como homenagem prestada a um dos distintos filhos daquela terra.
         Seguiu-se com a palavra o professor Luiz Correia Soares de Araújo, que, em ligeira alocução, prometeu trabalhar pelo progresso no ensino na terra do seu nascimento. Falaram ainda as professoras D. Maria Carolina Wanderley e Clara Carlota de Sá Leitão, que igualmente prometeram se esforçar pela execução dos programas de ensino. Falou ainda a menina Maria Carmelita de Sá Leitão, que recitou uma poesia intitulada “7 de setembro”.
         O Dr. Joaquim Inácio Filho, Promotor Público da Comarca, em nome do capitão Sebastião Cabral de Macedo, administrador das obras materiais de grupo, fez a entrega destes trabalhos ao coronel Antônio Saboya, presidente de intendência o Dr. José Correia, juiz de direito da comarca.
                        O professor Luiz Soares propôs ainda em palavras breves, um voto de louvor ao Capitão Sebastião Cabral de Macêdo, pelos serviços prestados na construção do grupo.
         Falou finalmente o Dr. José Correia, agradecendo aos seus conterrâneos o grande auxílio por eles prestados na aquisição do prédio onde naquela hora era inaugurado o Grupo Escolar de sua terra.
            Ao encerrar a sessão, o professor Amphiloquio Câmara congratulou-se com o povo açuense pela inauguração do Grupo Escolar, que vinha a ser um atestado bem eloqüente do amor e dedicação dados aquela terra pelos espíritos esclarecidos e progressistas do Dr. José Correia e Cel. Antônio Saboya e particularmente com a família assuense pela feliz aquisição de Luiz Soares para professor do grupo, no qual folgava de ver um verdadeiro amante da instrução e que, na Escola, ele seria um verdadeiro amanto da instrução e que, na escola, ele seria um verdadeiro continuador da obra do lar.
            Encerrada a sessão os meninos e meninas entoaram o hino oficial do grupo, letra de Ezequiel Wanderley e música do professor Luiz Carlos Wanderley.
            O belo e elegante edifício do grupo está situado na Rua São Paulo, em lugar seco e elevado, afastado do centro de grande atividade comercial e quase no meio de uma área de 52 metros de largura, por 65 metros de comprimento.
            Tem orientação para o norte e mede 14 m. 50 de largura por um comprimento de 17 m. 50 e 14 m. 30 de altura.
            O edifício grupal tem todos os compartimentos exigidos por lei e em muito boas condições. São eles: três salas de aula, 1 no centro (a infantil) com 4 m. 25 de largura,   7 m. 10 de comprimento e 4 m de altura; uma esquerda, lado oeste (classe elementar masculina) medida 8 metros de comprimento por 4 m. 45 de largura, e uma outra a direita, do lado nascente, que é a sala da classe elementar feminina tendo as mesmas dimensões da elementar masculina; dois vestiários, lado do norte, continuação das salas d’ aula elementar, medindo cada um 4 m. 45 de largura por 5 m. 25 de comprimento; um gabinete para a diretoria e arquivo, com 2 m. 70 de comprimento e 4 m. 25 de largura, e mais um salão colocado no lado ao sul, que se presta perfeitamente ao funcionamento de uma aula com bancos individuais, tendo 2 m. 70 de largura por 13 m. 60 de comprimento correspondendo esta extensão a largura do prédio. Em todos esses compartimentos há luz e ar suficientes, as duas questões capitais a resolver no estabelecimento de ensino, pois crescido é o número de aberturas, portas e janelas, que o edifício oferece.
         Todas as suas divisões estão em franca comunicação a classe infantil, que está justamente no centro do grupo, comunica-se com cada uma das classes elementares por meio de duas portas, por uma outra, com cada um dos vestiários e aind za por outra porta com o gabinete do Diretor, que, por sua vez se comunica com as classes elementares e com salão sul, por meio de uma porta para cada um destes salões por arcadas protegidas por meio de reposteiros.
         Para o lado do Ocidente, o grupo apresenta cinco janelas e uma porta ( no centro) que dá passagem para o recreio dos meninos; para o nascente o mesmo número de janelas e porta, que facultam a fiscalização de ambos os recreios, e para o norte, a classe infantil tem uma porta e cada vestiário duas janelas.
         O grupo está erguido do nível do solo um metro e 90 tendo uma escadaria de sete degraus, que dá subida em frente para a aula mixta nos lados para os vestuários o porão sobre que está posto o pavimento assoalhado do edifício, possui muitos ventiladores, de sorte que, na parte inferior do prédio, o ar renova-se bem, não causando prejuízo a saúde dos que diariamente vem ao grupo. No salão do gabinete do Diretor há uma escadaria em forma de  espiral, dando acesso a um sótão de um dos salões que tem 10 m. 10 de comprimento por 4 m. 25 de largura, com cinco janelas para o oeste, outras 4 para leste e duas portas com varandas para sul e mais duas para o norte.
         As latrinas estão construídas de conformidade com o que recomenda o art. 50 do Cód. de Ensino, tendo uma, a dos meninos 5,50 metros de comprimento e 2,50 metros de largura e outra, a das meninas, 3 metros de largura e 5,50 metros de comprimento.
         As áreas destinadas a recreio são muito espaçosas e divididas por um muro ao meio, com divisão para ambos os sexos, sendo alpendradas.
         Como se vê, as condições higiênicas do grupo escolar, são as mais favoráveis possíveis.
         Quanto ao material pedagógico, o grupo não possui todo o indispensável; entretanto,  o que lá existe vai servindo satisfatoriamente até que a boa vontade do presidente da intendência faça como pretende, quisição do que falta. Atualmente, o grupo tem dois contadores mecânicos, 1 coleção de sólidos e formas geométricas de  madeira, 1 mapa do Brasil, 1 globo terrestre, 3 quadros negros de 1m. por 2m., 1 frasco de tinta preta, 2 dúzias de lápis Faber, 1 caixa de giz, 1 resma de papel almaço, 1 caixa de penas, 2 folhas de mata-borrão.
         Possui o seguinte material escolar: 3 mesas para professores sobre estrados e respectivos tinteiros, 6 cadeiras de junco austríacos, 45 bancos carteiras, sendo 15 para meninos de pequenas estaturas e os restantes de bitola mais alta, para dois alunos cada um, sistema americano, 4 escarradeiras, 1 lavatório completo, 6 toalhas felpudas, 3 tímpanos, 1 sineta grande e 1 relógio de parede.

A República,
                                       09/09/1911.

EX - DIRETORES

1° LUIZ CORREIA SOARES DE ARAÚJO: 1911 a 1913
2° JOÃO CELSO FILHO: 1913 a 1918
3° ANTONIO GOMES DA ROCHA FAGUNDES: 1919 a 1922
4° ALFREDO SIMONETTI: 1923 a 1930
5° RITA SAMPAIO DE SOUZA: 1931 a 1932
6° RAIMUNDO NONATO DA SILVA: 1932 a 1933
7° CLARA CARLOTA DE SÁ LEITÃO: 1934 a 1935
8° MÁRIO CAVALCANTE: 1935
9° ANTONIO JUVENAL GUERRA: 1936 a 1940
10° MARIA MADALENA DE LIMA: 1940 a 1941
11° MARIA DE LOURDES FERREIRA: 1941 a 1942
12° JOÃO DE DEUS BESSA: 1943 a 1948
13° LÍDIO FREIRE DA ROCHA: 1949 a 1951
14° ADALGISA EMÍDIA DA COSTA: 1951 a 1956
15° MARIA OLÍMPIA NEVES DE OLIVEIRA: 1956
16° ZULEIDE DE SÁ LEITÃO PINHEIRO: 1956 a 1959
17° MARIA CRISTINA SOUTO ROCHA: 1959 a 1961
18°MARIA AUXILIADORA ALBANO: 1962
19° ZARA DE SÁ LEITÃO PINHEIRO GOUVEIA: 1982 a 1985
20° MARIA TEREZA ABREU BEZERRA: 1986 a 1990
21° IONE PESSOA BEZERRA ROZENDO: 1991 a 1994
22° WILZA MARIA CABRAL DIÓGENES ABREU: 1995 a 2002
23° ANESTINA DE ARAÚJO RODRIGUES: 2002
24° LUCINEIDE CORINGA DOS SANTOS FERREIRA: 2003 a 2005
25° 2005 – 2007 (EQUIPE GESTORA)
      ZARA DE SÁ LEITÃO PINHEIRO DE GOUVEIA (DIRETORA)   
       LUCINEIDE CORINGA DOS SANTOS FERREIRA (VICE-DIRETORA)
       MARIA MAGDA LOPES DIAS QUINTINO (COORD. PEDAGÓGICA)
    LÍGIA BORGES FRANÇA FONSECA (COORD. ADMINISTRATIVA)
26º 2008 – 2009 (EQUIPE GESTORA)
      ZARA DE SÁ LEITÃO PINHEIRO DE GOUVEIA (DIRETORA)  
       LUCINEIDE CORINGA DOS SANTOS FERREIRA (VICE-DIRETORA)
       CELLY MARTINS DE MEDEIROS RODRIGUES (COORD. PEDAGÓGICA)
       LÍGIA BORGES FRANÇA FONSECA (COORD. ADMINISTRATIVA)




Texto explicativo em forma de nuvem: A HISTÓRIA DA NOSSA
BANDEIRA













                   


A nossa bandeira foi criada pela Diretora Zara de Sá Leitão Pinheiro de Gouveia, quando da sua primeira gestão nesta escola no ano de 1983.  Teve a criatividade e originalidade do professor Marcos Alberto de Sá Leitão (in memorium); naquele mesmo ano.
              O significado dos detalhes representativos na bandeira é caracterizado por riquezas naturais dos nossos mananciais do vale.   Nas laterais: a cor azul representando o nosso céu, com o nome da Escola. No centro: a cor branca simbolizando a paz, com o mapa geográfico do município do Assu ao centro; o azul, as águas do rio Piranhas; ainda dentro do branco a carnaubeira, símbolo maior da nossa vegetação e os dois postes demonstrando a iluminação que é levada aos lares do campo e da cidade.

Rio grande do norte
secretaria de educação e cultura


Portaria Nº 481/80 – SEC/ GS
                                                    
Reconhece a Escola Estadual “TENENTE CEL. JOSÉ CORREIA” na cidade de Açu/RN, como Estabelecimento de Ensino de 1º Grau.
                                               
              O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE, usando das atribuições que lhe confere o Artigo 37, item XIX, da Lei Complementar nº 10, de 30 de abril de 1975, e tendo em vista o que consta do Processo nº 022175/79 – SEC,
                                 
              R E S O L V E
                                 
              Art. 1º - Reconhecer a Escola Estadual “Tenente Cel. José Correia”, com sede na cidade de Açu/RN, como estabelecimento de Ensino mantenedor do Estudo de 1º grau.
              Art. 2º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

              Natal (RN), 20 de maio de 1980.

                                                                                          




              Aconteceu no dia 07 de abril, do ano em curso, a sessão inaugurável do lançamento da placa com a logomarca do Centenário da referida Escola, com a presença de várias autoridades do município, tais como: o vice-prefeito, a representante da 11ª DIRED, a Diretora do SINTE-RN, os diretores das Escolas Estaduais e Escolas Privadas do nosso município, gestores, e ex-gestores, professores e ex-professores, funcionários e pais, como também se fez presente a imprensa local, cobrindo todo o evento, alusivo ao ato memorável da Escola Centenária.


HINO OFICIAL DA ESCOLA ESTADUAL TEN. CEL. JOSÉ CORREIA

Letra: Ezequiel Wanderley
Música: Luís Carlos Wanderley


Por entre o calor de palmas
Que alguma coisa traduz
Vamos abrir nossas almas,           BIS
Para o batismo da luz.

Estribilho:
Quanta luz, quanta grandeza,
Na terra de nossos pais
Orlada pela beleza                         BIS
Dos verdes carnaubais.

É bem preciso estudarmos
Em nossa quadra infantil,
Para assim glorificarmos               BIS
Pelo amor, nosso Brasil.

Há dentro da nossa História
Radiosa de um povo herói
Feitos cobertos de glória                BIS
Que o tempo jamais destrói.

Sob este sol que fulguras
Neste torrão brasileiro
Borda nossas almas a candura       BIS
Das flores do algodoeiro.




                                                       *  *  *



BIOGRAFIA DO PATRONO DA ESCOLA ESTADUAL TEN. CEL. JOSÉ CORREIA – ASSÚ/RN:

- TENENTE CORONEL JOSÉ CORREIA DE ARAÚJO FURTADO –





              O Tenente Coronel José correia de Araújo Furtado, era filho do Capitão Mor Antonio Correia de Araújo Furtado e dona Maria Francisca da Trindade. Nasceu nesta cidade de Assú, a 16 de novembro de 1788. Casou-se a 19 de janeiro de 1819 com Maria Joaquina de Jesus, que depois adotou Araújo Furtado, Clara Maria Soares de Araújo e José Lins de Araújo Furtado. Foi eleito
Membro da Junta de Governo Provisório, em 11 de novembro de 1822 e a mandado da Junta, foi com numeroso contingente de homens e armas, pacificar os povos da Serra da Vila que não queriam aceitar a causa da Independência, o que conseguiu sem derrame de sangue, em virtude do seu apurado senso moderador. Das despesas dessa excursão foi-lhe oferecida indenização. Não aceitando, respondeu que o Governo nada lhe devia; que tudo fosse levado em conta do seu patriotismo. Foi o Proclamador da Independência do Assú, no lugar denominado “Alto do Império”. Local onde se acha erigido o monumento comemorativo da passagem do século: 1900 – 1901. Faleceu a 09 de maio de 1870.



                                                            *  *  *






HISTÓRICO


              Irmanados pelo espírito patriótico, o país comemorava as festividades alusivas aos 98 anos da independência do Brasil, o Assú nesse momento memorável inaugurava a sua primeira casa educativa, o Grupo escolar “Tenente coronel José Correia”. Criado pelo Decreto 254, em 11 de agosto de 1911 e inaugurado em 07 de setembro do mesmo ano. A sessão inaugurável foi assistida pelo Inspetor de Ensino Amphilóquio Câmara, pelo Coronel Antonio Sabóia de Sá Leitão, presidente da intendência e representante do governador do Estado, Dr. José Correia de Araújo Furtado, Juiz de Estado e outras autoridades da justiça estadual e federal, distintas famílias e cavalheiros.
              O governo do município escolheu o nome (Ten. Cel. José Correia) para patrocinar a causa do ensino público primário devido ao seu patriotismo, tino administrativo e com grandes ideais.
              Começara suas atividades educativas em 1º de fevereiro de 1912, sob a direção do professor Luís Correia soares de Araújo e das professoras Maria Carolina Wanderley Caldas e Clara Carlota de Sá Leitão. Iniciou com a matrícula de 90 alunos: 30 na classe infantil, 30 na classe elementar feminina e 30 na classe elementar masculina.
              Pelo desempenho eficaz dos que faziam um trabalho de qualidade, a Secretária de Educação e Cultura do RN reconhece a Escola Estadual Tenente Coronel José Correia como estabelecimento de ensino de 1º grau, pela portaria 481, de 30 de abril de 1975.
              Nos dias atuais tem sido muito conturbado. Uma série de conflitos internacionais e urbanos nos deixam preocupados, aflitos, instáveis, desorientados. O que mais queríamos era a volta da paz e a fraternidade a essas desestruturações sociais e conflitivas. No âmbito educacional interno, sofremos, já que nos afetou pelo sentimentalismo que emana no íntimo dos justos a sua resposta de tolerância persistente. Apesar dos muitos bloqueios e entraves, nossa luta é incansável para educar nossos alunos, buscando não só alfabetizá-los, mas resgatar os valores, as habilidades que devem ser desenvolvidas dentro de um prisma de ação pedagógica interdisciplinar de conteúdos. Pensando nessa proposta de trabalho com nossos alunos que a gestão atual, na sua transparência de um promissor futuro, viabiliza um trabalho tão eficaz e dinâmico  nas pessoas de Lurdimar Vitor de Amorim, Celly Martins de Medeiros Rodrigues, Genilda Rodrigues da Silva Costa e Rosineide Justo da Fé.
             

                                                     *  *  *


ESCOLA

Santa e sublime escola
Que sempre nos consola
Nos turbilhões da luta mais insana,
Da sorte, triste, ingrata, desumana!
Quanto bem me senti,
Nas horas calmas, mansas,
Que em ti, ó minha escola, então vivi!

Nos teus salões tão vastos
Diversos rostos castros
De criancinhas, meigas, sorridentes,
Formosas, liriais, resplandecentes,
De graça, de dulçor!
Eram quais rosas,
Desabrochadas em manhãs formosas.

Eu quis em ti viver, ó salvadora escola,
Em ti eu quis morrer,
Para fitar, no derradeiro alento,
E dedicar de amor um pensamento,
Àqueles q’ eduquei,
Filhos diletos,
Aos quais leguei a flor dos meus afetos.

Escola! Sol brilhante que circunda,
Do meu Brasil, a região fecunda,
Eu desejei com ardor,
Ver-te empunhar beijando reverente
Em oração fervente,
A Santa Cruz do nosso Redentor.

Hoje, és muito mais forte,
Irradias mais luz,
Fitando o vero Norte
O lábaro da Cruz.

                                                                (Sinhazinha Wanderley)


A ESCOLA JOSÉ CORREIA
* Ivan Pinheiro

              A população assuense ainda não sonhava com a cognominação de “Terra dos Poetas”, nem tampouco de “Atenas Norteriograndense”, quando em janeiro de 1910 foi adquirido um prédio na Rua São Paulo (atual Rua Minervino  Wanderley) para funcionar o Grupo Escolar do Assú. Estava plantada a semente de uma das primeiras escolas públicas do interior do Estado.

Campanha Comunitária

              O então Juiz de Direito da Comarca do Assú, Tenente Coronel José Correia, vendo a necessidade de a cidade dispor de um espaço físico para implantar uma instituição educacional para o ensino primário de crianças e jovens, encampou uma campanha para levantar recursos em prol das instalações de uma escola. Decorridos poucos meses de luta, adquiriu, com o apoio de fazendeiros amigos e a participação de influentes senhoras da comunidade, um prédio para funcionamento da primeira escola pública (a qual só passou a funcionar em 1911).

As Instalações da Primeira Escola

              Em 1910, a Intendência Municipal arrecadou 10 contos de réis. Com as finanças favoráveis foi fácil para o Coronel Sabóia, da Guarda Nacional, ser reeleito para assumir, por mais um triênio o cargo de Intendente (1911/1914). Com este montante arrecadado, oriundo dos tributos, ele teve oportunidade, entre outras ações, de remodelar o edifício da Intendência (atual prédio da Prefeitura), o Mercado Público Municipal e estruturar as instalações do Grupo Escolar do Assú, que a comunidade tinha adquirido, no ano anterior, para funcionamento da escola (onde funcionou, em tempos mais atuais, o prédio do Jardim  Escola Recanto do Amor e da Educação).

O Primeiro Diretor

              O Assú, graças à autoestima de sua população, criou sua primeira escola pública. O Grupo Escolar do Assú  foi legalizado pelo Decreto 254, de 11 de  agosto de 1911, e inaugurado em 07 de setembro do mesmo ano. Numa demonstração do patriotismo do seu povo, suas portas foram abertas na data em que se comemorava a Independência do Brasil.
              O Grupo Escolar, até 1949, funcionou na Rua São Paulo (atual Rua Minervino Wanderley), O primeiro diretor foi o professor Luiz Correia Soares de Araújo, formado pela Escola Normal de Natal. O professor Luiz Soares exerceu o magistério durante 54 anos. Esteve a frente desta escola de 1911 até 1913, quando foi transferido para a Capital para dirigir o Grupo Escolar Frei Miguelino.
              O professor Luiz Soares foi um dos expoentes mais lídimos do ensino norteriograndense. É patrono de ruas em Assú e em Natal.


As Primeiras Mestras

              Entre os primeiros educadores, podemos destacar duas abnegadas professoras e poetisas:
              Maria Carolina Wanderley Caldas (Sinhazinha Wanderley), autora de ladainhas e poesias, além do hino oficial da escola e também o do Assú. Por mais de 40 anos lecionou nesta escola. Nunca casou. No entanto, considerava-se mãe de muitos filhos, pois tinha os seus alunos como tal, dedicando-lhes afeição maternal que, certa vez, assim se expressou: “A escola é meu conforto, os meus alunos são os meus filhos e por mais ingratos que me pareçam não deixo de querer-lhes bem”. Sinhazinha Wanderley faleceu em Assú, aos 78 anos de idade no dia 20 de setembro de 1954.
              A segunda mestra é Maria Carolina Wanderley (Carolina Wanderley) – Irmã paterna de Sinhazinha Wanderley. Grande poetisa, colaborou com diversos jornais em Assú e em Natal. Feminista por convicção ideológica, fundou a revista feminina Via Láctea e publicou dois livros: Alma em Versos (1919) e Rimário Infantil (1926).
              Carolina Wanderley é uma imortal da literatura. Foi quem primeiro ocupou a Cadeira nº 06 da Academia Norteriograndense de Letras, cujo patrono é seu pai Dr. Luiz Carlos Lins Wanderley.


O Novo Prédio

              Quando Edgard Borges Montenegro assumiu o cargo de Prefeito do Assú (1948/1953), trazendo novas experiências e ideologia futurista, promoveu e articulou algumas mudanças importantes no município, tais como: construção da ponte pelo Governo Federal; instalação do Instituto Padre Ibiapina; criação do Curso Básico de Comércio, agregado ao Colégio Nossa Senhora das Vitórias; instalação da Voz do Município; construção da Praça do Rosário e do prédio da Prefeitura, entre outros empreendimentos.
              Com o apoio irrestrito do Deputado Estadual Dr. Pedro Soares de Araújo Amorim, o qual assumiu a presidência da Constituinte (1949), ocorreram as articulações junto ao Governo para a construção de um prédio munido de amplas instalações para melhor acomodar o número de alunos do Grupo Escolar.
              O projeto foi concretizado e no dia 02 de fevereiro de 1949 foi garbosamente inaugurado o novo prédio, situado à Rua Coronel Wanderley. Como não poderia ser diferente, numa homenagem ao seu idealizador, recebeu o nome de Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia.
              O prédio das antigas instalações foi doado à Paróquia de São João Batista, para servir de anexo ao Instituto Padre Ibiapina, e onde funcionou em tempos mais atuais o Jardim Escola Recanto do Amor e da Educação.
              Com o passar dos anos, diversos diretores estiveram à frente desta respeitável Instituição Educacional. Atualmente, é diretora a Senhora lurdimar Vitor de Amorim – eleita pelo voto direto de pais, alunos, professores e funcionários. 
              A Escola Estadual Tenente Coronel José Correia é um dos patrimônios do Assú que, sem dúvidas, deve ser preservado. São 95 anos de luta em prol da educação do município. Uma das escolas que merece destaque graças ao desprendimento daqueles que por ela passaram, tanto na direção e supervisão, quanto na função de professor (a), zelador (a) e outras funções, sempre militando com o desejo de bem servir ao seu corpo discente.
              Parabéns! Vamos ao Centenário!


















 

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